segunda-feira, 20 de abril de 2009

Uma Noite

Uma Noite


Caminhando pela praça
vendo o dia acontecer
esperando pela lua
vi o sol adormecer

fui tocando minha lira
sou poeta estou contente
não planejo meu futuro
faço a vida no presente

no meu tempo de criança
fui menino inocente
hoje no tempo de moço
sou um jovem indolente

confusão eu não arrumo
mas também não peço arrego
só brigo se for preciso
vivo a vida no sossego

e nessa noite fria
estou sozinho na praça
uivando pra lua
cantando minha desgraça

não sou lobo nem cão
sou homem desesperado
chorando a minha paixão
com o coração rasgado

expulsando minhas lagrimas
e vivendo em desalento
eliminando do peito
este inerte sentimento

e quando o dia amanhece
me retiro em silêncio
faço baixo minhas preces
ajoelhado ao firmamento

sou poeta sou sozinho
sou pessoa invisível
isolado em solidão
fortaleza indestrutível.


Cicero Chaves 24-08-2007

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