terça-feira, 27 de abril de 2010

Maquina de Fazer Poesia

Professora Klébia me falava
Que antigamente tinha
Um movimento literario
Que todo mundo conhecia
E foram até apelidados
Maquina de fazer poesia
Depois veio o modernismo
Com uma certa anarquia
Tirou a métrica, as rimas
Menos musica, mais filosofia

Eu procurei varias metricas
Fiz sonetos, fiz sextilhas
Septilhas, octilhas
Tava embarcando nessa
Quando alguem me mostrou poesias
Que não rimavam
Mas aos poucos me atraia
Vi até umas coisas estranhas
"Dadabstraporanea"?!
Quase não entendi
Mas gostei, depois até ri.

Depois fui classificado
Como Neo-Modernista
Gostei e me aprofundei nisso
Mas nesse tempo veio a preguiça
Que na minha inspiração deu sumiço =/
Mas aos poucos foi voltando
Tem recaída em todo vicio
Mas ai como falava do tempo
Me encheram de serviço
Os poemas ficacam de lado
Foi ai que teve inicio
Cansei de ficar calado
Pensei vou gravar um disco!
Comecei a fazer musica

Como a poesia está no coração
E não na cabeça, ou em outro lugar
Quando tocava violão
No automático começava a cantar
Mas como coração não é cabeça
Depois eu custava a lembrar
Fiz até umas musicas legais
Muito fáceis de tocar
O problema é que poeta
Nasce pra escrever, não pra cantar oO"
Pensei em desistir
Mas depois não quis parar
Ja que é só por prazer
Não quero disso me sustentar
E também nem poderia
Me mande fazer tudo, menos cantar

Vi uns amigos meus
Escrevendo e fazendo sucesso
Me matei de inveja
Pensei eu faço melhor
E por mais que seja pior
Vou fazer o que fazia antes
Antes mesmo de melhorar
Voltarei a ser maquina de poesia
Serei Maquina de rimar.

O Tempo

Como a hora vem depressa
Quando precisamos calma
Vem mirando em nossas pernas
O ponteiro de horas vagas
E se vacilar acerta-nos
Invertendo o que nos falta

Mas os segundos, esse são
Desgraçados, marchadores
Ficam mastigando, lentos
O tempo de curar dores
E quanto mais o apressamos
Mais eles são matadores

O tempo de diversão
Esse passa tão ligeiro
O relógio até decola
Viram hélices os ponteiros
Atua muito na escola
Aulas longas, curtos recreios

Mas tudo tem um motivo
Um intuito, uma razão
E o maestro Cronos tem
Por sua obrigação
Deixar cair toda areia
Que escorre por suas mãos
Pois a larga estrada do tempo
Tem só uma direção.


Ciço .Poeta, Vinte e Sete de Abril de Dois Mil e Dez, Doze horas e Cinquenta e Oito minutos.
Pronto pra rimar
pera ai
Deixa eu voltar
Vou ali e volto já. =)