quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Amor e Orgulho.

Gustave Doré (1832-1883)
Os sete pecados capitais

Tens no peito um grande peso,
Que mal consegues sustentar.
Não cabe amor onde há orgulho,
Se há orgulho, amor não há.

Ciço .Poeta, 28/09/2011

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Caetés - A Cidade Encantada II







Moro em uma cidade
Que revive o passado,
Que faz de conta ser um reino
De um monarca iluminado
Seu nome não poderia
Ser mais que isso apropriado
Pois se chama Caetés*
Esse pequeno reinado

É copia de seu país
Miniatura da nação
Canta o hino, hasteia bandeira
Pratica corrupção
Rouba do pobre e dá a o rico
Veja que contradição
O inverso de um Robin Hood
Radicado no sertão

No tabuleiro de xadrez
O rei sempre está presente
Um xeque-mate é o final
Da partida, assim se entende
Mas se fosse um tabuleiro
Caetés era excelente
Xeque-mate era impossível
Com o rei estando ausente

Carrega o nome de um poeta
Dos melhores do sertão
Mas se for pra igualar
É triste a comparação
Zé da Luz** era um sábio
um simples homem do sertão
Que só roubava do povo
Suspiros de emoção

É irmão, filho e sobrinho
Vivendo na mordomia
Enquanto o povo sofre
Passa aperreio e agonia
É que em Caetés não tem
Para os doentes valia
Pois medico e hospital
Só na cidade vizinha

E nesse reino é assim
O monarca é encantado
Vem de quatro e quatro anos
Tapear o eleitorado
Dizer que vai melhorar
E tapear muitos coitados
E o resto dos seus votos
Garanto que são comprados

Quem abre a boca pra falar
Escancarar as verdades
"É bicudo, ta mentindo,
São os lisos da cidade"
Assim a corte se defende:
"É mentira, é falsidade!"
Quem tem o poder nas mãos
Tem para si a vantagem

Muito poucos são os projetos
E assim mesmo muito caros
Mas foi parente do monarca
Tem casa boa e bom carro
Comprados com o dinheiro
Que do seu povo foi roubado
Até a merenda das escolas
Vai pra o endereço errado

E assim é a cidade
Que parece monarquia
Alguns sustentam a esperança
De viver melhores dias.
Nesse reino de mentiras
Falcatruas e covardias
Caetés é um exemplo
De corrupção e ousadia.

Ciço .Poeta, 16/09/2011

Poema especialmente feito a pedido de Hadriel Ferreira. Espero que goste.

Notas:

*: Os caetés (Kaeté) eram um povo indígena tupi-guarani brasileiro.
Os índios desta tribo, que praticava o canibalismo ritual, comeram o primeiro bispo do Brasil, D. Pero Fernandes Sardinha, cujo navio em que regressava a Portugal naufragou nas costas da foz do rio Coruripe, junto a outros cem náufragos.



**:Severino de Andrade Silva (Itabaiana, 1904 — Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 1965), mais conhecido como Zé da Luz, foi um alfaiate de profissão e poeta popular brasileiro.

Publicava suas obras em forma de literatura de cordel.
Principais obras:

Brasi Caboco
A Cacimba
As Flô de Puxinanã
A Terra Caiu no Chão
Ai! Se Sêsse!..

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Obrigado, leitores!

Venho, pela primeira vez, agradecer ao todos que leem o meu blog, alguns por acaso (usei o método de inserir imagens no blog para atrair as pessoas quando buscam imagens no google. rsrsrs), e outros, que como posso dizer, ja são fregueses da casa, há também aqueles que não só leem como também divulgam muito minhas obras, listarei alguns deles aqui, espero lembrar de todos que me ajudam, vamos lá:
Em primeiro lugar, a quem eu mais devo agradecer é ao professor Rafael Brasil, Faé, pai do meu grande amigo Tiago, que ao ler minhas poesias pela primeira vez, antes mesmo de eu ter criado qualquer blog, quando minha poesia ainda procurava um rumo, me incentivou! Passado alguns anos ele, professor Rafael Brasil, continuou me incentivando e divulgando meu blog, entre familiares, amigos e leitores do seu blog, que é de onde vem grande parte das visitas que recebo, por isso, muito obrigado Faé!
O blog dele para quem quiser ler é esse:
Rafael Brasil
Artigos e noticias da aldeia global, da província e o escambau.
Devo também agradecer a Hadriel Ferreira, outro caeteense que muito divulga meu blog, no seu:
Espaço Livre De Bobagens.
''Uma visita ao hospício mostra que a fé não prova nada''. Friedrich Nietzsche
Agradecer também a minha irmã, minha querida Samara Lemos, futura Biomédica que escreve poesia e me divulga no seu blog:
- Excessoalização!
Imagine um mundo sem informação, excessos de nada, sem nenhum tipo de alienação... Quem suportaria tal tipo de vida? Excessoalize, excesso de informação!
Agradeço também ao meu bom e velho amigo, Felipe Correia, do blog:
Obrigado a linda da Thaisa Karla, que sempre lê meus poemas e da RT no twitter, ela também escerve, as vezes, no seu blog:
Again.
Novamente. Novamente você acordou, fez suas coisas, deitou e dormiu. Novamente você está aí, lendo alguma coisa.
Agradeço também a professora Klébia Sampaio, Tia Klébia, que foi minha professora de literatura no colégio Diocesano de Garanhuns, sempre me incentivou e divulgou meu trabalho, como continua fazendo, ela tem o blog:
JARRIM DE FULÔ
Um bucadin de tudo!!
Quero agradecer também ao pessoal do site do Festival Da Palavra, que depois de ter sido indicado a eles por Tia Klébia, tive alguns poemas publicados no site, infelizmente não pude participar do Festival Da Palavra por uma questão de tempo, e disponibilidade minha durante o dia, para as apresentações pela cidade, mas fiquei muito feliz e satisfeito em ter meus poemas publicado no site, este:
Quero agradecer aos meu antigos professores e amigos do Colégio Diocesano, meu professor de fisica, Mário. Minhas professores de literatura, Klébia e Mônica. Professores de história e filosofia, Valdemir e Jailton. O professor de informática, Cláudio. As professoras de inglês, Duvane e Wilksonita. O eterno porteiro,digo, assistente de coordenação e mais novo professor de história, Douglas.
Obrigado a todos os meus amigos que me fizeram continuar escrevendo, mesmo aqueles que ja não estão mais entre nós, obrigado Lucas, onde quer que você esteja!
Obrigado.

Sonhando



Despi minhas ilusões
 De toda logica e razão
  Separando meus desejos
   De qualquer limitação

    Deixei fluir os sentimentos
     Que inundaram a visão
    Bloqueei meus pensamentos
   Entre a cabeça e o coração

  Senti o cheiro dos meus sonhos
 Ouvi o som da minha vontade
Naveguei no mar do tempo
 Anulei a gravidade

  Fui feliz e delirei
   Me deitei ao pôr-do-sol
    Fiz da lua um abajur
     E do céu fiz meu lençol

    Quando adormeci sonhei
   Que estava acordado
  Vivendo em um pesadelo
 Onde o querer era pecado.

Ciço .Poeta, 05-09-2011, 02:47