sábado, 30 de março de 2013

Poeira ao vento





Vejo o tempo esfarelando
Entre os dedos do destino
E o vento leva pra longe
Os sonhos de um menino
Que pensava que o mundo
Era lindo e divertido
E quando pensar que não
Seu desejo foi sumindo
O menino ficou velho
E os sonhos foram esquecidos
Um a um se esfarelando
Pra longe do seu sorriso
O tempo lacrou os sonhos
Traçando assim seu caminho

E o menino percebeu
Que o mundo é ingrato
Perigoso e violento
Deprimente e desgraçado
Sem ter sonhos pra sonhar
Tendo que viver fadado
Ao caminho escolhido
Ao destino fixado
Sem ter rotas pra fugir
Vendo o tempo esfarelado
Migalhas de seus desejos
Pelo vento espalhados
Sonhos que sonhou um dia
Esquecidos no passado

O medo tomou de conta
Do que era esperança
A vontade de mudar
Virou medo da mudança
Agarrou-se a solidão
Trancou-se na desconfiança
Focado no seu destino
Esquecido das lembranças
Dos sonhos que de menino
Lhe enchiam de confiança
Condenado ao sofrimento
De querer e não poder
Seu medo de ficar velho
Virou vontade de morrer

E o tempo esfarelou-se
Nos dedos desse menino
Que perdido de seus sonhos
Agarrou-se em seu destino
No meio desses farelos
Viu passar o seu desejos
Viu seus sonhos todos indo
Pra onde não podia vê-los
Agarrou-se nos seus sonhos
E deixou de lado o medo
Seu destino misturou-se
Aos seus sonhos e desejos
E o menino viu que o mundo
Podia ser do seu jeito.


Ciço .Poeta, 30-03-2013

quarta-feira, 27 de março de 2013

Musica: Pegando o Beco





Ainda essa semana
Eu to pegando o beco
Tô caindo fora
Meu véi, eu to vazando
Eu vou me mandar
Não caibo nessa historia

Não vem com onda
Nem com blábláblá
Seu papo mole
Não vai me ganhar

Nessa resenha
Quem perdeu fui eu
Apostei tudo que eu tinha
Mas você venceu

Se você quis assim
Não posso fazer nada
então ta massa pode ir, vá lá

Fique ligada
Que o munda dá voltas
Se hoje tá de boa
Amanhã não tá

Pode esperar que o que é seu tá guardado
Na hora certa eu vou saber usar
Descruze os braços, espere sentado
A minha vingança vai ser de lascar


Ciço .Poeta, 27-03-2013

Musica: Sem Mais




O que se passa em sua mente
Na hora de deixar pra trás
Saber que daqui pra frente
Será sempre nunca mais

Saber que o que era eterno
Terá fim naquele instante
Pontuando o ifinito
Que é finito agora em diante

Sem paz e sem amor
Sem caricias e cafuné
Ninguém pra divir
Seu cobertor
Ninguém pra convidar
Para um café

Sem mais
Aquele olhar
Que faz
A gente sonhar
Sem promessas pra cumprir
Ou pra quebrar
Sem ninguém para dizer
O que é amar


Ciço .Poeta, 26-03-2013

segunda-feira, 25 de março de 2013

Musica: Antes Do Oi O Silencio - Ciço Poeta e a Trupe Dos Malamanhados


Trupe Dos Malamanhados:
Violão: Adalberto Tavares
Pandeiro: Hebert Brito
Voz: Ciço Poeta
Vídeo gravado na lanchonete da AESGA por Adécio Junior.





Antes do oi o silencio
Eu vi o vento
Soprar no seu cabelo
Principio do meu desespero
Causa das minhas ilusões
Meus devaneios

Antes da coragem o medo
Meus dedos quase já sem unhas
De tanta aflição
Querendo ouvir o sim
Esperando o não
Descompassando as batidas
Do meu coração

E de repente eu me vi
Sem ter o que falar
Paralisado com o eclipse
Do seu olhar
Falta ar, falta de chão
Faltando coragem
Sobrando paixão

Refrão:

Disseram que era amor
Juraram que é loucura
Espero encontrar em você
Minha cura
Minha insandinade
É querer te amar
Meu ponto de equilibro
É onde você está (2x)


Versão de Registro no SoundCloud:


terça-feira, 19 de março de 2013

Musica: Reggae do Interior - Ciço .Poeta




Só vejo violência estampada no jornal
É tanto marginal
Que eu me sinto mal
O caos dominando a capital
Ruas poluídas e pessoas baixo astral

Não tem quem me carregue
Não tem quem me leve
Não tem, quem faça eu ir lá
Me chamem de matuto
Ignorante ou rustico
Mas eu não vou mudar

Prefiro ficar aqui
De boa na lagoa
Prefiro ficar aqui
Sentando ouvindo um reggae

Por isso vem cá meu bem
E deixa eu te ver
O por do sol me acalma
E dá saudade de você
Trás meu violão
Que eu quero cantar
Pra essa maravilha qui
Nunca se acabar

Vem cá meu bem
Deixa eu te ver
Contigo ao por do sol
É que eu quero anoitecer
Com violão na mão
E cantando pra você
Isso é que é viver


Ciço .Poeta

quarta-feira, 6 de março de 2013

Cena Triste



Diante da triste cena
O sertanejo estremece
Se ajoelha aos pés do santo
Chorando faz uma prece
Escuta o gado mugindo
Como quem está pedindo
Pela mesma piedade
Que Deus, seu pai, interceda
Ou sua mãe Natureza
Por esta calamidade
Pois o sertão está morrendo
E o sertanejo entendendo
Implora por um milagre. 


Ciço .Poeta, 28-02-2013