terça-feira, 26 de julho de 2011

O Medo


O Medo disse adeus,
Levantou e foi embora.
Botou o chapéu na cabeça
E caminhou estrada a fora.
A parte que era dele
É o Amor quem cuida agora.

Ciço .Poeta, 26/07/2011, 21:57

sábado, 23 de julho de 2011

Mas se quiser eu digo só "Eu te amo"


O amor que sinto é tanto
Que numa vida só, não cabe
É como fogo ardente, queimando
Se medir com universo, não da metade
E o sol vai se apagar primeiro
Antes que esse nosso amor se acabe.

Negar o amor que sinto por você é se fazer de doido
Ainda que perca a memória não tem como lhe esquecer
Nosso romance da uma história, vou escrever
Cada dia que se passa é um trecho
Cada verso apaixonado vem de um beijo
E um dia no futuro, vão dizer
Que amor igual ao nosso não existiu
Quando a luz do sol se dissipar
E a humanidade, mesmo depois de findar
Vão saber o que esse poeta sentiu
Ouvindo a musica do nosso amor ecoar
Em cada canto do infinito vazio.

Nem Deus, sabendo dessa história,

Vai guardar a emoção dentro do peito
E vai fazer durar pra sempre essa lembrança,
Santificando esse amor mais que perfeito.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Musica "Não Há" - Ciço .Poeta

Não Há by Ciço .Poeta

Não há - Ciço .Poeta

Ja senti vontade de morrer
Sem saber porque
Ja senti Saudade de você
Sem ninguém saber

E o que dói mais é vontade de ir embora
Sem coragem pra levantar
E dizer que o amor está lá fora
E aqui dentro não há
Não há vontade de ficar
Não há prazer em te beijar
Não a verdade no olhar
E o que me falta falar é


sexta-feira, 8 de julho de 2011

Festival da Palavra

Palavra?

Este é o blog do Festival da Palavra, evento literário promovido pela Secretaria de Cultura de Pernambuco dentro do Festival Pernambuco Nação Cultural.

A cada edição, com a parceria de escritores, Academias de Letras e coletivos literários das regiões por onde passa, o Festival da Palavra desenvolve ações de formação e de difusão da produção literária pernambucana contemporânea.

Poetas, prosadores, recitadores e contadores de histórias: o povo da palavra em torno de um festival de letras vivas, letras pulsando em cada canto. Confira as ações previstas no Festival da Palavra.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Toada da Engenharia



Não nasci pra ser doutor
Mas não tive opção
Hoje o tempo mudou
O cenário do sertão
Me criei pegando gado
Ver pasto pra todo lado
Era minha alegria
Mas devido as circunstancias
Hoje busco a esperança
Nos campos da engenharia

No passado eram feitas
Varias casas de barro
As estradas eram estreitas
E não se passava carros
Hoje em dia evoluiu
Até espanta quem viu
Aquele mundo atrasado
Com a tecnologia
Nos campos da engenharia
O sertão está mudado

As secas de antigamente
Hoje não sabem o que é
Ainda vem na minha mente
Aquele monte de mulher
Com os baldes na cabeça
E pra que ninguém esqueça
De que aquilo era uma agonia
Hoje a água é encanada
Chega direto nas casas
Graças a engenharia

Mas também eu não joguei
Meu velho chapéu de couro
Minha raiz não deixei
Vaquejada ainda corro
Faço calculo e desenho
Mas não esqueço de onde venho
Disso eu lembro todo dia
Quem vê não acredita não
Na faculdade um matutão
Estudando engenharia

Eu quero chegar bem longe
Nos projetos que eu fizer
Não ver mais sofrer os homens
E muito menos mulher
Preservar a natureza
Acabar com a incerteza
De colher a plantação
Canais para irrigar
Ver esperança brotar
No coração do sertão

Eu quero deixar bem claro
Que o nordeste ainda sofre
É preciso mais trabalho
De homens honestos e nobres
Todo inverno é assim
Um sofrimento sem fim
A água castigando o povo
E o povo é inocente
No canto que deu enchente
Constroem tudo de novo

Profissional é o que não falta
O que falta é atitude
Por essa questão em pauta
Pra que a situação mude
Tudo hoje evolui
Morar na beira do rio
Não é mais necessidade
Pois quando o rio da uma cheia
Das casas encobre as telhas
Acabando com a cidade

Correntes em pernambuco
Quebrângulo em alagoas
A água levou quase tudo
Casas pontes e pessoas
Acabou com o comercio
Transformado em sem-teto
Gente que tinha mansões
É bom escolhermos bem
Na hora de votar em alguém
Nas próximas eleições

Me perdoe meu caro amigo
Sair do tema da toada
Pode até ser um perigo
Falar de obras planejadas
Que já foram pagas a tempo
E nunca em nenhum momento
Chegaram a sair do papel
Só restam as construções
Que mais parecem lixões
Abandonadas ao léu

Tenho exemplos a dar
Mas não vou citar nenhum
Pois em tudo que é lugar
Cabra ruim sempre tem um
Pra entregar pro culpado
Quem ta falando do errado
Que de certo esse já fez
E a historia do poeta
Cedo e antes da época
Se torna em "era uma vez"

Engenharia civil
É um profissão honrada
E pra pagar os meus estudos
Meu pai fez longa jornada
Trabalhou limpando roça
Levou madeira nas costas
Pra chegar onde chegou
E me deu o que não teve
Sendo esse o sonho dele
Pois ele não estudou

Me chamavam de doutor
Antes mesmo de eu falar
Meu caminho ele traçou
Quando eu nem sabia andar
E para ter merecimento
Vou chegar ao momento
Que ele tanto queria
Ver o seu filho formado
Conhecido e respeitado
Na área da engenharia

Ciço .Poeta, 19/06/2011, 02:56