quinta-feira, 8 de julho de 2010

Plural dos meus singurales

A madrugada serena
Parece pequena
Quando a noite tenta me engolir
Tento, não posso
Luto, me esforço
Mas não ha coragem para fugir

Sei que é vago
O verso que escrevo
Vagueio, velejo
Plano no ar
Falo, não minto
Finjo as vezes
Mas meu interesse
É só te encantar

Uso o plural
Dos meus singulares
Eu e eu mesmo
Em vários lugares
Em vários formatos
Retratos, paisagens
Em muitas miragens
Linguagens estranhas
Manhas, sotaques
Jeitos diferentes
Eu sou muita gente
Ao mesmo tempo
Nem eu mesmo entendo
Como pode ser
Nascer e morrer
Um eu cada dia...