terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Faroeste



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Faroeste

A minha vida
É um filme de faroeste
E eu sou um cabra da peste
que veio pra salvar você

Eu só me acho
no mei de bala perdida
E na hora da menina
Me beijar entra o dublê

Eu me arrisco
Levo coice de cavalo
Ando montado em boi brabo
Pra dizer que sou héroi

Mas a mocinha
Dispensou minha brabeza
Ela prefere a riquiza
Do patrão a coragem do Cowboy

Ô essa mocinha tá é mais é pra bandida que roubou meu coração
Ô fia da peste o jeito que ela se veste é pra chamar minha atenção
Mas acontece quanto mais eu faço prece aparece assombração
Vooty é tanto "S" que o caba até se esquece na hora de cantar o refrão

Enquanto o chefe
Viaja pelas barramas
Chupo caju bebo cana
Que essa é a minha diversão

Pego o cavalo
E desço pra vaquejada
Chego la canto toada
E derrubo o boi no chão

Quase bem cedo
Na hora que eu to chegando
O galo ja ta cantando
Mas agora eu vou dormir

Só que na hora
que eu fui fechar a cancela
Na janela tava ela
Como quem diz "Pode vir"

Crime de Amor



http://www.4shared.com/file/207441007/777da008/Crime_de_Amor.html

Crime de Amor

Se o seu amor for crime
Ja estou condenado
Se for pecado
Não quero ir pro céu

Se for errado
Não tente corrigir
Se for fugir
Me leve com você

Pra onde haja sol
E mar tambem
Me leve além
De onde meus olhos podem ver...

Ciço .Poeta - 25 de janeiro de 2010, 23:00

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Verso Mudo

Verso Mudo

Duelo de palavras mudas
Faca curta
Peito aberto
Nas entranhas do deserto
Com o gosto do intragável
No olhar a indomável
Sede de confiança
E em cada lado da balança
Um tanto de sentimento
Tão pesado quanto o vento
E tão firme como agua
Afiado com a faca
Cega que ja não corta
Chave velha enferrujada
Que nunca abriu uma porta
Verso tosco
Rima torta
Poema de desabafo
Nas entranhas o deserto
Com gosto do intragável
Atitude imperdoável
Só de um lado da balança
Medo, fome e esperança
Na saudade tão sentida
Um punhado de agua e sal
Em cima da minha ferida
Enfermo sem cura
Vida comprida
E o destino do que eu sinto
Nas mãos de uma indecisa.

Ciço .Poeta, dez de agosto de dois mil e nove, dez e cinquenta e oito.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Finalmente Fim.

Finalmente Fim.

Pensou que era bom e se acostumou
Passou a querer tudo que via
Mas em demasia, se desgostou
Perdeu o sentindo de tanto querer
Buscou a amor passou a sofrer
Pensou em morrer e se decidiu
Com a arma do pai tentou suicídio
Faltou coragem e desistiu

Caminhou sozinho por algum tempo
E outro tanto sem lucidez
De olhos fechados
Ouvidos tampados
Tentou outra vez

Pensou calado durante uns minutos
Esperou que alguém tenta-se impedir
Destampou os ouvidos mas nada ouviu
Não havia ninguém que o fizesse sentir
Esperança outra vez
Pra poder reagir

Esperou outra vez
Por alguém que pudesse
Faze-lo pensar que a vida é boa
Ou valia apena plantar o amor
No deserto imenso do seu coração

Seguiu com o carro sem destino algum
Em alta velocidade por estrada a fora
O ponteiro agora apontava a direita
Abaixo de onde não haviam mais números
Olhou para o lado e viu tudo passar
Passava tão rápido e não podia enxergar
Mas viu num instante um familia e um lar

Olhou outra vez e viu sua vida
Viu todos os presentes que sempre ganhara
Viu seus pais bem de longe, afastados
Do outro lado a única companhia
Viu todos os seus empregados
Viu o amor que queria pra si
Viu todos sonhos que um dia sonhou
Segurou firme o volante
E bem de vagar respirou

No ultimo momento fechou os olhos
Pensou no destino que o esperava
Na vida inútil que teria pra si
Viajou para a morte, finalmente
Em sua mente uma conclusão
Viveu sem amar toda sua vida
Sem ser feliz em momento algum
O que os esperava no inferno
Talvez não pudesse ser pior
Pensou ele, talvez não estarei mais só.

Pedaços de seu corpo
Espalhado com destroços do carro
Foram encontrados espalhados
Em um raio de trezentos metros
Após juntarem tudo
Não foi encontrado
Pedaço algum do seu coração
Talvez alguém finalmente o tivesse conquistado
Um cão faminto deve te-lo encontrado.

Ciço .Poeta - Dez de janeiro de dois mil e dez, doze horas e trinta e três minutos.