Como a hora vem depressa
Quando precisamos calma
Vem mirando em nossas pernas
O ponteiro de horas vagas
E se vacilar acerta-nos
Invertendo o que nos falta
Mas os segundos, esse são
Desgraçados, marchadores
Ficam mastigando, lentos
O tempo de curar dores
E quanto mais o apressamos
Mais eles são matadores
O tempo de diversão
Esse passa tão ligeiro
O relógio até decola
Viram hélices os ponteiros
Atua muito na escola
Aulas longas, curtos recreios
Mas tudo tem um motivo
Um intuito, uma razão
E o maestro Cronos tem
Por sua obrigação
Deixar cair toda areia
Que escorre por suas mãos
Pois a larga estrada do tempo
Tem só uma direção.
Ciço .Poeta, Vinte e Sete de Abril de Dois Mil e Dez, Doze horas e Cinquenta e Oito minutos.
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