domingo, 10 de janeiro de 2010

Finalmente Fim.

Finalmente Fim.

Pensou que era bom e se acostumou
Passou a querer tudo que via
Mas em demasia, se desgostou
Perdeu o sentindo de tanto querer
Buscou a amor passou a sofrer
Pensou em morrer e se decidiu
Com a arma do pai tentou suicídio
Faltou coragem e desistiu

Caminhou sozinho por algum tempo
E outro tanto sem lucidez
De olhos fechados
Ouvidos tampados
Tentou outra vez

Pensou calado durante uns minutos
Esperou que alguém tenta-se impedir
Destampou os ouvidos mas nada ouviu
Não havia ninguém que o fizesse sentir
Esperança outra vez
Pra poder reagir

Esperou outra vez
Por alguém que pudesse
Faze-lo pensar que a vida é boa
Ou valia apena plantar o amor
No deserto imenso do seu coração

Seguiu com o carro sem destino algum
Em alta velocidade por estrada a fora
O ponteiro agora apontava a direita
Abaixo de onde não haviam mais números
Olhou para o lado e viu tudo passar
Passava tão rápido e não podia enxergar
Mas viu num instante um familia e um lar

Olhou outra vez e viu sua vida
Viu todos os presentes que sempre ganhara
Viu seus pais bem de longe, afastados
Do outro lado a única companhia
Viu todos os seus empregados
Viu o amor que queria pra si
Viu todos sonhos que um dia sonhou
Segurou firme o volante
E bem de vagar respirou

No ultimo momento fechou os olhos
Pensou no destino que o esperava
Na vida inútil que teria pra si
Viajou para a morte, finalmente
Em sua mente uma conclusão
Viveu sem amar toda sua vida
Sem ser feliz em momento algum
O que os esperava no inferno
Talvez não pudesse ser pior
Pensou ele, talvez não estarei mais só.

Pedaços de seu corpo
Espalhado com destroços do carro
Foram encontrados espalhados
Em um raio de trezentos metros
Após juntarem tudo
Não foi encontrado
Pedaço algum do seu coração
Talvez alguém finalmente o tivesse conquistado
Um cão faminto deve te-lo encontrado.

Ciço .Poeta - Dez de janeiro de dois mil e dez, doze horas e trinta e três minutos.

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