domingo, 14 de março de 2010

Meus olhos são só inverno
Essa estação que não quer passar
Ouço o canto do sábia
Na minha tristeza imensa
E lembro que quando está ruim a gente pensa
Pior não há de ficar

E vai se perder no mar
Rio de ira que transborda
Barragem de amor que sangra
Paredão de paciência
Que arrebenta
Vulcão de prazer
Inativo
E não há razão ou motivo
Para lembrar porque vivo

Felicidade dura apenas
Enquanto a gente não acorda
Pra cada sólida explicação
Uma ilusão é morta