sábado, 8 de setembro de 2012

Como Nunca



(cena do filme "Los Abrazos Rotos")


Descanse os olhos inebriados
Do tormento nas lembranças passadas
Nesta fina camada de esperança
Que teço em prol de anima-la
No céu das estrelas cadentes
Escreve o teu conto de fadas

Arranque as más emoções
E deixe escorrer pelos dedos
Componha melancolicas canções
Com a narrativa de seus pesadelos
Compartilhe o que tanto lhe assusta
Livre-se de seu cativeiro

Haja o que houver, aja
Não espere por aquilo que não vem
Cem motivos pra viver é exagero
Acredito que muitos vivam sem
Ao tentar evitar o desespero
Desespera-te, sem saber, muito além


Me abrace agora, como nunca!
E como sempre me segure, pra eu não ir...
Ir embora sem dizer-te, o que te digo
Pois as vezes meu desejo é não partir,
Não falar, nem mover-me um só centímetro
Para não distanciar-me mais de ti.


Ciço .Poeta, 08-09-2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário