Ainda a espero paro o nosso ultimo duelo.
e tu que és a dor mais dolorosa
com teu manto negro se chamas morte
mata o cravo e a rosa
o fraco e o forte
tu que apagas as luzes
e canta em sussurros
e rastejando com pressa
vens correndo no escuro
oh anjo negro
que vens com os olhos famintos
que no mais profundo silêncio
nos mostra teu grito maldito
aniquilas o mau e o bem
e voa a luz do luar
caçando as almas convidadas
para morar em teu lar
me torturas com essa impaciência
de não saber o dia ou a hora
nem quando parte o trem
que vai nos levar embora
não riam que não se foi
era um demônio maldito
e ainda ouço seu grito
a morte cega o levou
na viagem livre caída
na estrada larga e comprida
que pra sua casa voltou
luzes que me atormentam
e o vento mau que me cerca
proteja-me do perigo
ainda que louco e ferido
façam pra mim uma festa
da pouca vida que resta
e leve-me ao infinito.
Cicero Chaves 02-12-07
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