segunda-feira, 20 de abril de 2009

Revolta II

Revolta II

Em meio a uma paz forçada
Infelizes sorrisos falsos
Grandes olhos pensativos atentos
A um grande caos que caia do alto

Crio a revolta em meio ao sonho
Rasgo as paginas do livro colorido
E caem como gotas de uma chuva de tiros
O pesadelo por trás de tudo era ainda ativo

Meus dedos disparavam mil mortes
Mil destinos se abriam em minha mente
Sem esperança tive cem previsões
Todas atômicas e radioativas
Mas por um momento eu te vi
Levantei a cabeça e me armei novamente
Gritei e corri
Contra a paz que eu não quero seguir
Contra todos os sentimentos falsos
Que eu não quero sentir

Meu corpo tremia a cada recomeço
A cada retirada ficava um pedaço meu
A cada vitória ficava um pedaço meu
A cada derrota ficava um pedaço meu

Quando finalmente isso acabar
Iludido penso eu
Quando os homens pararem de guerrear
Não restará um único pedaço meu

A dor de não sentir dor
Por trás tudo que é falso ele errou
Caminhou para a paz verdadeira
Mas não guardou o caminho.

Mas tenho certeza de que outras oportunidades de nos vermos virão.



Cicero Chaves. 09-07-2008

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